sábado, 20 de novembro de 2010

Corpos Mutantes: o sujeito na contemporaneidade


Comentários sobre os textos do livro Corpos Mutantes.

Corpo, fragmentos e ligações: a micro-história de alguns órgãos e de certas promessas.


Neste texto o que mais me impressionou foi o papel que o cinema ocupa na projeção do futuro próximo, com as tecnologias que são projetas para a sociedade viver e sobreviver aos seus males, bem como a visão de corpos perfeitos. No filme Os substitutos, os personagens do filme não saem de casa, ficam o tempo todo conectados a uma máquina que faz a conexão entre a mente da pessoa e um robô que é um cópia da pessoa, na sua melhor fase da vida. Tos os robôs tem corpos esculturais, de maneira que as pessoas não sabem como estão seus parentes, esposas e maridos na “realidade”. Vivemos essa busca por um corpo perfeito.
Quando criança assistia a série Jornada nas Estrelas e pensava ser mentira as conexões de telefone sem fio, hoje não conseguimos pensar a vida cem os aparelhos celulares.
O cinema tem essa capacidade de trazer aos olhos do espectador aquilo que ele deseja e que só estará disponível décadas a frente.


Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias.

Novamente o cinema me faz entender com clareza o que o texto sobre corpo cyborg discute. A série da televisão famosa na década de 80, “ O homem de 6 milhões de dólares”, já apresentava com muita propriedade essa ligação intima entre homem e máquina. Não sabemos mais ao certo onde começa o homem e termina a máquina ou vice-versa. Nossos corpos são pura tecnologia, antes acreditávamos que nossos corpos era fruto da seleção natural, hoje tenho certeza de que a tecnologia tem dado uma grande ajuda.
Meu conceito sobre prótese era de que serviam para suprir uma deficiência e que mesmo assim, a pessoa nunca teria a mesma capacidade de alguém que não tem prótese, ou seja, sempre estaria potencialmente em desvantagem. O texto abri minha mente para as possibilidades de alguém que usa prótese ter capacidade superior a de quem não usa prótese, como por exemplo, as pernas mecânicas, elas tem tornado os indivíduos bem mais rápidos que uma pessoa que não as usa.


Uma estética para corpos mutantes.

Não acredito que nossos corpos estejam passando por uma metamorfose, uma vez que, entendo por metamorfose, a transformação completa pela qual a lagarta passa para poder evoluir e virar borboleta. Por mais que possamos promover modificações em nossos corpos não acredito que modificaremos tanto esse corpo ao ponto de não reconhecermos no segundo nada do primeiro.
Tenho muitas esperanças de que a pesquisas com células tronco irá evoluir ao ponto de não ser necessário esperar que alguém morra e faça a doação de órgãos, em menos de um século já estaremos vivendo o Self service de órgãos. Substituiremos órgãos com câncer ou com funcionamento incorreto em uma simples cirurgia.


O espetáculo do ringue: o esporte e a potencialização de eficientes corporais

Homens e mulheres tem transformado seus corpos em verdadeiras máquinas de combate em nome do esporte que valoriza o corpo máquina que além de escultural, forte e resistente tem que aniquilar o outro corpo máquina em segundos. Em nome do esporte essas pessoas fazem usa de substancias que potencializam as suas capacidades físicas e mentais. As vezes as conseqüências para o corpo são a perda de outras funções já que o corpo-máquina precisa de toda sua energia concentrada para os combates.
Percebo ai uma grande contradição já que o esporte prega sempre uma vida saudável, em que o esportista deve manter todos as suas capacidades em equilíbrio. Muitos desses lutadores são submetidos a um nível de estresse altíssimo. Acabam esquecendo de tudo e todos a sua volta, em função das lutas e combates consigo mesmo e com os outros.


O percurso do corpo na cultura contemporânea.

A sociedade hoje vive a ditadura do corpo perfeito, a mídia televisa, tem escravizado toda a sociedade, impondo a cultura do corpo magrinho e sarado. No passado o padrão de beleza era outro, as mulheres mais “gordinhas” e que eram o padrão, percebemos isso nas pinturas, esculturas e nos filmes da época.
As modelos passam por verdadeiras maratonas para perder gramas, muitas acabam doentes, desenvolvem a bulimia, o que faz com elas acreditem que estão gordas, mesmo estando bem abaixo do peso ideal delas, isso pode levar as mesmas a morte.

Um comentário:

Professora Morgana disse...

Olá Sidnei,

Vi que vc é tutor da Unopar. Vc poderia, por gentileza, me informar como faço para enviar um currículo para lá?
Sou tutora presencial e leciono o Estado também.
Grata,
Morgana