segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Elogie do jeito certo

Dessa vez estou publicando um texto de Marcos Méier que é mestre em educação e Psicólogo. Com objetivo de contribuir com pais e educadores que não sabem como estimular as crianças no desenvolvimento de boas atitudes e procedimentos dentro dessa nossa sociedade conflitante.

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de conseqüência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Conversor de imagem, texto, vídeo e música

Com o crescimento dos aparatos tecnológicos ou ainda com a criação de novos aparelhos que reproduzem arquivos de texto, áudio e vídeo, surgem também novos formatos de arquivos.


Hoje temos arquivos de texto em formato DOC, DOCX, TXT, PDF, etc. Já os arquivos de imagens os mais conhecidos são: JPG, BMP e GIF, porém existe uma quantidade enorme de arquivos de imagem. O universo dos vídeos não é diferente, os arquivo com a extensão AVI ainda são os mais conhecidos, mas os arquivos em DIVX, VOB, MPEG4 e FLV também tem tido uma grande propagação. Nós não vamos nem falar aqui dos arquivos de música, pois nesse campo o campeão absoluto ainda é a extensão MP3.

Para a maioria das pessoas que não tem muita experiência com o mundo tecnológico isso tudo pode causar uma grande confusão e na maioria das vezes as pessoas não conseguem fazer os arquivos funcionarem, pois suas máquinas não tem os codecs para rodar todos esses tipos de arquivo ou no caso dos vídeos ele não tem um player que rode todos os modelos.

É comum os alunos da faculdade salvar arquivos em DOCX no laboratório da mesma, levar para casa o arquivo no pendrive e ao chegar em casa não conseguir abrir o arquivo porque a versão do editor de texto que eles tem em casa não é compatível, o pior é que eles não sabem como fazer para salvar o documento em uma versão que qualquer editor de texto possa abrir o arquivo.

Com objetivo de ajudar as pessoas que passam por situação como essa, fiz uma pesquisa na Internet para achar algumas soluções, minha busca deu resultado, encontrei programas de conversão de arquivos que com 3 ou 4 passos vão resolver todos os seus problemas de incompatibilidade de arquivos.

Dentre as diversas opções que encontrei duas merecem destaque, primeiro porque são ferramentas online, dispensando instalação na máquina, basta você acessar a página e fazer realizar o processo de conversão.

Segundo porque elas disponibilizam uma grande quantidade de formatos para conversão.

As ferramentas são:
Esta ferramenta permite a conversão de diversos tipos de arquivos, sem que seja necessário fazer cadastro nem dowload de arquivos, porém nela você só tem a opção de receber os arquivos convertidos através de email e isso pode limitar o tamanho dos arquivos, devido a política de cada servidor de email.

A diferença entre o Zamzar e o DocsPal é basicamente a opção que o DocsPal da para o usuário de decidir se quer receber o arquivo convertido através do email ou se quer fazer o dowload do arquivo na página do programa.

Espero que vocês façam um bom uso desses dois programas e para a galera do CONTROL + C e CONTROL + V. Quando converter os arquivos do tipo PDF, que são protegidos, lembrar ao menos de fazer a citação do autor do texto, risos

sábado, 12 de novembro de 2011

Como educar nossas crianças?

Essa é uma resposta que todos os pais e professores gostariam de saber responder, mas infelizmente não existe uma receita, para ser seguida passo-a-passo para garantir o futuro de nossas crianças.
Hoje as transformações sociais estão acontecendo na mesma velocidade que navegam os dados pelas conexões da Rede Mundial de Computadores. Assim temos que preparar os nossos filhos e no caso dos professores as nossas crianças para viver de maneira harmônica nesse mundo, respeitando as diferenças, cultivando seus hábitos culturais para que se preserve a identidade cultural.
A Revista Cláudia consultou grandes educadores e psicólogos com o objetivo de fazer um levantamento de atitudes que podem contribuir para uma melhor formação das nossas crianças. Segue abaixo a lista das 50 ações que podem fazer com que seu filho seja um adulto melhor.

1. Dar uma educação multicultural, deixando-os conviver com o diferente: religião, pessoas, línguas, viagens etc.


2. Ser muito mais amigo(a) do seu filho.

3. Trazer os colegas dele para perto, justificado porque a maior parte dos adolescentes começou a usar drogas por incentivo de amigos.

4. Dar mesada, começando aos 12 anos.

5. Não exigir muito, nem muito pouco, ou seja, ter o equílibrio.

6. Ensinar a ouvir e fazê-lo entender o ponto de vista do outro. Comece ensinando-os a prestarem atenção nas suas palavras.

7. Não ter medo dos games porque existem jogos que desenvolvem o raciocínio.

8. Valorizar o estudo e não o sucesso. Dizer ao filho que cada ano de escolaridade equivale a um aumento de 15% no futuro salário. Afirmar que a educação é a porta do sucesso.

9. Fazer com que ele tenha várias turmas. A partir do momento que ele se relaciona com mais pessoas, diminui a chance de sofrer bullyng.

10. Promover o espírito empreendedor. Aos mais novos, chame-os para ajudar nas tarefas como arrumar os brinquedos e a cama. Aos mais velhos, podem administrar a mesada.

11. Adotar a comunicação positiva. Elogiar suas qualidades.

12. Não se contentar com o boletim. Acompanhe as tarefas diárias.

13. Discutir soluções. Se ele quebrou o vaso da avó, pergunte: E agora, o que faremos?

14. Trocar a babá pela escolinha. Pesquisas indicam que crianças com um bom pré-escolar serão melhores estudantes no futuro.

15. Dar a bronca-sanduíche, ou seja, se for chamá-lo atenção comece elogiando e termine também desta forma. A bronca ficará no meio da conversa.

16. Falar bem do seu trabalho. Afirmar que seu trabalho diário é fonte de prazer.

17. Informar-se sobre as novas vacinas. Prevenir é o melhor remédio.

18. Estudar seu filho. Leia sobre educação. Pais informados têm mais chances de avaliar o processo de crescimento do filho e as mudanças.

19. Adotar cedo o check-up anual. Ir ao médico regularmente, como forma preventiva e não para cura.

20. Aliviar a agenda. Criança precisa brincar e descansar. Stress baixa a imunidade.

21. Esbanjar carinho. Crianças amadas lidam melhor com problemas na fase adulta

22. Não ser inimiga do brigadeiro. Dietas rígidas causam dribles quando eles não estão na frente dos pais.

23. Mimar menos. Algumas vezes dizer não.

24. Diversificar a programa do fim de semana.

25. Transmitir conhecimentos em casa. Crianças que não escutam boa música, não leem e não frequentam teatros, cinemas, livrarias etc., não terão esses interesses quando adultos.

26. Fazer uma previdência-educação, visando a faculdade e viagens. É uma poupança.

27. Investir na bolsa de valores. Pode ser em nome da criança.

28. Ensinar seu filho a poupar.

29. Investir em bons colégios. Mas, lembre-se que as boas maneiras, ética, respeito ao próximo e a natureza se aprendem em casa.

30. Ir à feira sempre.

31. Adotar superalimentos. Ensiná-lo a diferenciar desde cedo quais são os alimentos saudáveis.

32. Estruturar a rotina alimentar para garantir um bom funcionamento do instestino, com 6 refeições ao dia.

33. Reunir a família à mesa e conversar.

34. Limitar lanches pizzas para reduzir os riscos de hipertensão e outras complicações futuras.

35. Não usar comida como moeda de troca.

36. Caprichar no cálcio.

37. Controlar o peso do seu filho. Crianças obesas, provavelmente, serão adultos gordinhos.

38. Dar o exemplo nas suas atitudes.

39. Incentivar a prática esportiva.

40. Insistir diante da falta de aptidão. Se ele não joga futebol, faz natação...

41. Ser coach do seu filho. Seja seu técnico e ajude-o a tomar decisões.

42. Preferir morar em um condomínio com área de lazer ou uma casa com quintal.

43. Trocar o carro pelo tênis, estimulando-o a andar. Mexer-se.

44. Assumir o papel de mentores. Em vez de impor regras, pegue na mão de seu filho e vá mostrando o caminho.

45. Abolir a frase: “É porque estou mandando”. Procurar explicar o porquê das decisões.

46. Valorizar as tarefas domésticas para fazê-lo colaborador.

47. Não evitar a dor, mesmo porque na vida ele irá se confrontar com várias situações.

48. Colocar filtro no computador, ou seja, monitorar as páginas consultadas da internet.

49. Não permitir que a criança tenha perfil no facebook porque ela ainda não tem condições de avaliar os riscos.

50. Adotar práticas sustentáveis, ensinando-o a reciclar e ter atitudes que respeitem o meio ambiente.

Espero estar contribuindo para uma educação melhor ao divulgar essas dicas no meu blog. Desejo que pais e professores consigam colocar em prática metade dessas dicas. Um grande abraço a todos!

sábado, 22 de outubro de 2011

Precisamos de políticos assim...

Durante esse ano fiz uma postagem aqui no blog sobre Política. O objetivo da postagem foi convidar todos aqueles que acessam meu blog a discutir a política do nosso país. Busquei fazer com que o internauta percebesse que ele é um ser político e como tal é responsável pelo que está acontecendo na política brasileira.
Recebi de um amigo, José Aldo, um email com o depoimento ou seria desabafo, quem sabe talvez um pedido de levante para a população brasileira da Deputada Cidinha Campos do PDT. Esse vídeo ilustra muito bem o que eu abordei no meu texto, ela coloca claramente toda a sua indignação pela politicagem que os políticos tem feito no nosso país e responsabiliza a população por isso, somos todos co-autores.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Oração do trabalhador

Recebi das mãos da aluna Kaliane A. Ferreira, 5º ano da Escola Municipal Francisca de Sande, a oração do trabalhador como presente pela passagem do dia do professor. Gostei tanto da oração que resolvi socializar com todos atráves do meu blog.

Oração do trabalhador


Bom dia, meu Deus! Antes que comece este dia e eu me concentre na correria de mais uma jornada de trabalho, quero falar com o Senhor. Dentro de mim existe uma gratidão imensa, porque eu tenho um ganha-pão, enquanto tantas pessoas sofrem desesperadas com o desemprego e a fome.

Muitas vezes, quando chego em casa sinto meu corpo cansado, mas até por esse cansaço eu lhe agradeço.

Perdoe quando eu saio às pressas e não digo uma só palavra, deixando de fazer a minha oração. Conceda-me senhor, aprender com as pessoas que trabalham comigo, ainda que elas não demonstrem vontade de ensinar, permita-me amá-las, ainda que elas não estejam abertas para o amor. Derrame sobre o meu ambiente de trabalho a sua paz e a sua misericórdia, para que todos sintam a sua presença. Não permita jamais que eu me acomode no mesmo lugar.

Quero crescer com dignidade e respeito, cumprindo os meus afazeres com o próximo. Dê-me coragem para prosseguir, esperança para continuar sonhando e a certeza de que, através do meu trabalho, poderei fazer com que ao menos um pedacinho do mundo se transforme num lugar melhor para se viver.

Amém.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AS BIBLIOTECAS VIRTUAIS E O ACESSO À INFORMAÇÃO

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação - NTIC estão redefinindo os paradigmas atuais sobre informação. A simples atividade de tomar um ônibus em direção a uma biblioteca e caminhar entre as prateleiras de livros, procurando dados em jornais, revistas e enciclopédias, está sendo substituída pelo ligar de um computador conectado à Internet.

Cabe neste momento fazer um breve esclarecimento do que entendemos por Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. O termo "tecnologia" se refere a tudo aquilo que o ser humano inventou, tanto em termos de artefatos como de métodos e técnicas, para estender a sua capacidade física, sensorial, motora ou mental, assim facilitando e simplificando o seu trabalho, enriquecendo suas relações interpessoais, ou simplesmente lhe dando prazer.

É muito comum ao ouvir a palavra tecnologia as pessoas pensarem que estamos falando única e exclusivamente do computador, elas sequer se dão conta de que a escrita é uma tecnologia e de que também é tecnologia a imprensa inventada no século XV, por Johannes Guttenberg na Alemanha, com composição de palavras com caracteres móveis, que revolucionou o mundo popularizando o livro.

Neste texto, entendemos por Novas tecnologias de Informação e Comunicação o conjunto de tecnologias eletro-eletrônicas que a partir do século passado, começaram a transformar nossa vida, de forma quase revolucionária: telégrafo, telefone, fotografia, cinema, rádio, televisão, vídeo e computador. Hoje, todas elas a caminho de serem digitalizadas e integradas no computador.

O modelo de biblioteca tradicional que nossos pais e avós conheceram vem aos poucos perdendo terreno para outro modelo. Começam a ser criadas bibliotecas sem paredes e estantes. Estamos vivendo a era digital na qual o objetivo é promover o acesso às publicações eletrônicas. O papel desempenhado pelas bibliotecas deverá ser substituído pelas bibliotecas virtuais, já que, a informação que antigamente era produzida em mídia impressa, se tornará cada vez mais disponível em meio digital.

Biblioteca é uma coleção organizada de documentos de vários tipos, aliada a um conjunto de serviços destinados a facilitar a utilização desses documentos, com a finalidade de oferecer informações, propiciar a pesquisa e concorrer para a educação e o lazer (UNESCO, 1976).

No Brasil as bibliotecas convencionais dispõem de poucos recursos para a sua informatização e digitalização do acervo. Segundo Roberto Kirshbaum, o custo de digitalização de um livro é de R$ 300,00 (trezentos reais), isto somado a um acervo de, por exemplo, mais de mil livros torna o custo de digitalização muito alto. A digitalização do acervo das bibliotecas é um dos fatores que tem contribuído para impulsionar o crescimento de publicações eletrônicas via Internet.

Concebida inicialmente como uma rede interligando instituições acadêmicas e de pesquisa envolvidas em projetos militares do governo americano, a Internet visava facilitar a interação e a comunicação entre pesquisadores e permitir-lhes compartilhar recursos computacionais remotos. A partir desta origem e principalmente após 1992, quando no Brasil seu uso comercial foi liberado, a rede vem apresentando um crescimento extraordinário, tanto no número de computadores conectados quanto no de usuários individuais.

As transformações causadas pela Internet após a sua abertura para fins comerciais tem sido muito grande. As possibilidades para o desenvolvimento de trabalho à distância, negócios e até mesmo lazer são inimagináveis.

Finalmente com o crescimento do uso da Internet como mídia para publicações eletrônicas, a partir do começo da década de 90, o acesso ao documento final, em meio eletrônico, torna-se mais simples. Os impactos para a informação em ciência e tecnologia são enormes: multiplicidade de recursos informacionais disponíveis na rede, contrastando com os disponíveis no acervo das bibliotecas; acesso imediato a estes recursos; velocidade da comunicação científica propiciada pela publicação direta na rede (GOMES, 1997 e MARCONDES, 1997).

São diversos os fatores que têm contribuído para o crescimento de publicações de textos eletrônicos na Internet. A facilidade de desenvolvimento de páginas para Internet é um deles. Com a utilização de software mais simplificados, que dispensam o conhecimento da linguagem HTML (Hyper Text Markup Language), que qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento pode construir uma página como se estivesse escrevendo um texto em um editor de textos qualquer e, com a criação de áreas de domínio público por diversos provedores, os usuários podem hospedar gratuitamente suas páginas. Entre outros provedores que hospedam sites gratuitamente destacamos:Yahoo (http://www.yahoo.com), Geocities (http://www.geocities.com), Zipmail (http://www.zipmail.com.br) Cadê (http://www.cadê.com.br).

Por outro lado, esse crescimento meteórico da Internet, acaba criando problemas em termos de identificação de recursos relevantes, por parte dos pesquisadores. O acesso a informação que antes parecia ser rápido, fácil e objetivo acabou tornando-se um trabalho árduo.

Como não existe uma hierarquia, nem tão pouco essas páginas precisam passar por uma avaliação por parte de juntas avaliadoras, qualquer pessoa pode publicar o que quiser na Internet. Isso faz com que o número de páginas na rede atinja um número antes inimaginável, o que acaba tornando o trabalho de pesquisa demorado. Ou seja, achar o que se quer em meio a milhares de páginas não é tarefa fácil.

Uma pesquisa realizada pela Inktomi (http://www.inktomi.com) – empresa de infra-estrutura de banco de dados para Internet – e pelo instituto NEC Research Institute (http://www.neci.nj.nec.com/neci-website/index-page.html), divulgada em 26 de janeiro de 2000, afirma que a Internet tem, no mínimo, um bilhão de páginas. O número 1 bilhão se refere à quantidade de páginas únicas existentes na rede, ou seja, páginas que têm seu próprio endereço como link.

Um bilhão parece um número assustador, mas representa apenas o número de páginas que a Inktomi contém em seu banco de dados. Dentre elas o número de páginas brasileiras é irrisório: são cerca de 600 mil as páginas com a terminação .br.

Segundo a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o Brasil possui cerca de 3% da quantidade de páginas do mundo. "No Brasil existem 160 mil domínios. No mundo cinco milhões", diz Hartmut Richard Glaser, da FAPESP.

A primeira tentativa, com o objetivo de solucionar o problema, de em meio a milhares de páginas, encontrar o que se deseja em tempo hábil, e/ou de não se "perder" na Internet foi à criação das ferramentas de busca, também conhecidas como faróis digitais da World Wide Web. Algumas já bem conhecidas são o Altavista (http://www.altavista.com/), Excite (http://www.excite.com/), Yahoo(http://www.yahoo.com), Radar UOL (http://www.radaruol.com.br), Cadê (http://www.cade.com.br), BuscaBR (http://www.buscabr.com.br), Achei (http://www.achei.com.br), entre outros.

Essas ferramentas de busca indexam as palavras dos sites existentes na Internet, mesmo aquelas palavras que não fazem parte do título ou resumo do site.

Devido à complexidade da rede, essas ferramentas de busca tiveram que evoluir. Assim, algumas ferramentas permitem a busca simultânea em mais de oito mecanismos de busca, como é o caso do Metaminer (http://www.miner.oul.com.br/), que permite realizar a busca simultânea em dez ferramentas ao mesmo tempo, sendo quatro ferramentas nacionais e seis internacionais.

Contudo já existe uma critica às metaferramentas, uma vez que essa busca acaba limitando o número de sites encontrados por cada uma das ferramentas individualmente. A fim de comprovar esta crítica realizamos uma busca na Meta ferramenta Metaminer, onde lançamos uma palavra óbvia, Internet, de forma propositada.

As ferramentas Radar UOL, Altavista e AOL.com encontraram apenas 10 ocorrências, entenda-se por ocorrência o número de sites encontrados, da palavra lançada; WebCrawler: 25 ocorrências; Yahoo!: 20 ocorrências; Achei: 30 ocorrências; LookSmart: 11 ocorrências e para nossa surpresa a ferramenta Britannica, nenhuma ocorrência foi encontrada, enquanto que com a ferramenta Cadê? se quer foi possível estabelecer a conexão.

O próximo passo do nosso teste foi realizar a mesma busca diretamente na ferramenta de busca, a ferramenta escolhida foi o Cadê?, onde no resultado da busca a ferramenta registrou mais de 50.000.000 de ocorrências da palavra lançada, desta forma os testes primários realizados por nós apontam possíveis falhas nas Metasferramentas.

Outro fator que contribui negativamente para o trabalho de pesquisa na rede e a forma de indexação das páginas. Basta à página conter a palavra lançada na busca que essa página é inclusa na relação de sites encontrados pela ferramenta.

Em outra avaliação feita desta vez com a ferramenta Altavista, em que a palavra lançada foi novamente a palavra Internet, foram encontradas 52.573.495 páginas.

“Uma das formas de melhorar a qualidade dessas buscas é realizar a chamada “busca avançada” ou “refinada”, que se realiza usando frases ou combinações de palavras entre aspas” “ ou parênteses ( ) a depender da ferramenta. A falta de conhecimento na utilização das ferramentas de busca é mais um fator que torna impreciso e lento o trabalho de pesquisa utilizando-se estas ferramentas na Internet.

Segundo André Lemos, da Faculdade de Comunicação da UFBA, a Internet apresenta um crescimento da ordem de uma página nova a cada quatro minutos. Assim, os dados apresentados neste trabalho já estão desatualizados.

Fatores como: o volume, a heterogeneidade das informações, inexistência de controle sobre o estoque e o fluxo das informações na rede, problemas técnicos de acesso, o tempo que o pesquisador dispõe para realizar a sua pesquisa na rede e falta de habilidades ou familiaridade do mesmo para realizar a atividade de pesquisa é que deu origem ao movimento de bibliotecas virtuais.

As Bibliotecas Virtuais são sistemas nos quais os recursos de informação são distribuídos via rede, independentemente de sua localização física num determinado local (ASIS, 1998).

Dentre os sites chamados biblioteca virtual destaca-se o projeto criado pela Universidade de Michigan (http://www.umich.edu), chamado de Internet Public Library - IPL (http://www.ipl.org/). O IPL é um site gráfico criado pela escola de Biblioteconomia, nele se tem a sensação de se estar dentro de uma biblioteca, onde merece destaque o Reference Center, no qual nem a figura da bibliotecária foi esquecida, uma vez que ao acessar o site você encontra uma bibliotecária em 3D, o projeto permite ao usuário acessar às grandes obras da literatura infantil, tais como os autores clássicos da literatura mundial, como Shakespeare e Júlio Verne, permitindo cópia dos arquivos (SOUZA, 1997).

Outras bibliotecas virtuais destacam-se na rede, tais como a Eletric Library (http://www.elibrary.com) poderosa ferramenta de pesquisa com mais de 1milhão de títulos; a Eletronic Library (http://www.books.com) cujo objetivo é os artigos de jornais; o Projeto Earl (http://www.earl.org.uk) que acessa jornais e revistas além de reunir mais títulos que o projeto IPL da Universidade de Michigan.

No Brasil o Prossiga, criado em junho de 1995, é um programa do CNPq que tem por objetivo favorecer e promover o uso da informação para ciência e tecnologia já disponível na Internet ou em arquivos convencionais existentes em instituições brasileiras ligadas a C&T. O Programa utiliza-se da Internet como mídia para divulgação de seus serviços e incentiva e favorece a comunicação científica interativa (RELATÓRIO, 1999).

O Prossiga/Rei (Repositório de Informações na Internet) é um projeto do programa do CNPq que tem como objetivo a criação de bibliotecas virtuais em diversos segmentos da Ciência e Tecnologia, de forma a facilitar e promover o uso da informação existente na Internet. Atualmente as Bibliotecas Virtuais estão divididas em dois grandes blocos: Bibliotecas Virtuais Temáticas e Bibliotecas Virtuais de Pesquisadores.

O Prossiga/REI possui uma equipe multidisciplinar com profissionais de engenharia, analista de informação, comunicação, marketing, ciência da informação e etc., que fazem uso de diversas fontes de informação, com o objetivo de compor o acervo das Bibliotecas.

As Bibliotecas Virtuais Temáticas são criadas de acordo com as principais linhas temáticas do país, com o objetivo de facilitar e promover o uso da informação existente na Internet e disponibilizar dados e informações nacionais relevantes para as atividades de pesquisa no País. Propiciam acesso à informação final, por exemplo, dissertações de mestrado, textos completos de artigos de periódicos e etc. Algumas são criadas em parcerias com instituições que recebem do Prossiga treinamento e assistência técnica permanente, além de contar com um acompanhamento regular de suas atividades (RELATÓRIO, 2000).

Já as Bibliotecas virtuais de Pesquisadores, são sites que trazem informações sobre grandes pesquisadores do Brasil, pode-se dizer que as BVs de Pesquisadores são grandes "Museus Virtuais" ou ainda um "Dossiê eletrônico", pois abrigam todo tipo de documento que faça referência a vida e obra do pesquisador homenageado, como por exemplo, seus livros, correspondências recebidas de amigos e personalidades, originais de seus trabalhos científicos, fotografias, depoimentos, homenagens, pesquisas em andamento sobre o educador e etc.

A EXPERIÊNCIA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFBA
Como resultado de um convênio entre o Prossiga e a Faculdade de Educação (http://www.faced.ufba.br) e o Instituto da Ciência da Informação (http://www.ici.ufba.br) da Universidade Federal da Bahia – UFBA (http://www.ufba.br), é criada a Biblioteca Virtual de Educação á Distância – BVEAD (http://www.prossiga.br/edistancia).

Disponível na Internet desde o dia 13 de maio de 1998, sob a coordenação de Nelson Pretto (http://www.ufba.br/~pretto), a Biblioteca Virtual de EAD abriga informações sobre esta temática entendida, no entanto, num sentido muito mais amplo. Para a equipe da BVEAD a incorporação de novos recursos tecnológicos da comunicação e informação na educação é uma possibilidade ímpar do momento histórico contemporâneo, que potencialmente pode viabilizar uma efetiva transformação da nossa realidade educacional. Neste sentido, colocar novas tecnologias como televisão, vídeos, computadores e conexão à Internet nas escolas constituem-se num importante elemento estruturante para uma nova forma de pensar e agir do ser humano.

O objetivo maior da Biblioteca Virtual é levar informações sobre Tecnologias de Informação e Comunicação. A BVEAD registra as informações que estão no ciberespaço e as disponibiliza de forma sistemática através de mecanismos de pesquisa.

Dentre as 18 (dezoito) categorias disponíveis na BV o pesquisador encontra: cursos à distância, artigos e outros textos, eventos, projetos, dicas de financiamento e polêmicas contemporâneas.

Nesta última o pesquisador tem a possibilidade de através de chats (salas de reunião) e listas de discussão, colocar as suas idéias acerca do tema e ficar sabendo o que pensam os demais participantes da lista, tendo como motor propulsor para a discussão, um texto elaborado ou selecionado pela equipe da BV. O objetivo principal das Polêmicas, quando idealizada era a produção de conhecimento, desta forma ao final de um período de seis meses ou mais o profissional responsável pela coordenação das discussões, ficaria responsável por elaborar um texto tendo como base as discussões ocorridas na lista.

Algumas bibliotecas do Prossiga já publicaram textos fazendo uso desse sistema, enquanto que a Biblioteca Virtual de Educação a Distância, pioneira e idealizadora da idéia, por motivos diversos como, por exemplo, falta de um profissional em dedicação exclusiva, não pode dar continuidade a esse trabalho e hoje a lista esta parada.

Outro ponto forte da BV é o hipertexto, presente se não em todos, pelo menos na grande maioria dos registros de sites contidos na biblioteca. O hipertexto é composto por um conjunto de lexias interligadas eletronicamente por links.

Léxia é a unidade básica do hipertexto, e é formada por um bloco de palavras e/ou imagens e/ou sons. Cada bloco, ou cada léxia, é conectado a outro ou a outros, através de links introduzidos no próprio corpo do texto, criando-se assim, um texto mais amplo – o chamado hipertexto.

O hipertexto rompe com o modelo de acesso a informação consagrada pela tecnologia da imprensa, uma vez que o hipertexto agrega no seu corpo links para informações que de alguma forma estão ligadas ao seu conteúdo "principal", onde o leitor escolhe o tipo e o fluxo das conexões entre o texto e os seus referenciais.

O TRABALHO DE MANUTENÇÃO
O trabalho alimentação de uma biblioteca virtual não se encerra após o seu lançamento, muito pelo contrário, é após a biblioteca ser lançada que começa verdadeiramente o trabalho de alimentação, cada BV tem a sua própria sistemática de manutenção, no entanto as principais atividades realizadas na manutenção são comuns a todas elas:

a) busca de novos sites – consiste em realizar sucessivas navegações no ciberespaço com o objetivo de identificar a presença na rede de novas iniciativas referentes à temática da BV em questão, para tal, faz-se uso das ferramentas de busca. A busca não se limita a navegação na rede, abrange também outras fontes como livros, jornais, periódicos, anais de congressos, etc.;

b) cadastramento – consiste em dar entrada de novos registros na BV, através de um formulário específico de cadastramento, disponível na Internet, em endereço conhecido apenas pela equipe de manutenção e com acesso aos dados através de senha, fazendo uso para tanto dos manuais de tratamento de dados desenvolvidos pelo Prossiga, os registros cadastrados ficam escondidos a guardando a revisão final dos cadastros;

c) revisão de registros – consiste em analisar os registros cadastrados na BV através do formulário avançado, que permite visualização rápida dos registros contidos na BV por critérios como: visualizar apenas registros não revisados ou apenas registros escondidos, a fim de proceder à liberação do registro para a página pública;

d) chekup – consiste em verificar os links que estão inativos (quebrados) na BV, através de softwares específicos, disponíveis gratuitamente na Internet, como é o caso do Netmechanic;

e) mala direta – o serviço de mala direta consiste em enviar informações às pessoas que se cadastram na mala direta da BV, informando quando do cadastramento de novos registros, quaisquer alteração no layout da mesma e etc.

O cumprimento de todas essas atividades em uma biblioteca virtual requer uma equipe multidisciplinar, composta de educadores, técnicos em informática e bibliotecários.

A WEBMETRIA
O crescimento ilimitado do número de sites na Internet e o aumento de usuários da rede tornaram-se necessário o desenvolvimento de uma metodologia capaz de avaliar o desenvolvimento, assim como aproveitamento desses sites com relação ao número de acessos e a qualidade da informação.

A forma mais tradicional de avaliar um site é através do número de visitas que ele recebe para isso pode ser utilizado o contador da página principal.

Recentemente o Prossiga criou um grupo de pesquisa, com o objetivo de desenvolver metodologia para a análise e avaliação das Bibliotecas Virtuais. Desta forma foram definidas as duas etapas da pesquisa: 1- coleta dos dados das variáveis e 2 - ordenamento e avaliação das informações.

A coleta de dados é de fundamental importância para a pesquisa, pois oferece a base empírica a partir da qual são analisados e criados indicadores. O sistema de dados coleta as seguintes variáveis:

a) Visitas acumuladas por mês. A fonte é o contador da página principal. Não são computadas as visitas das estações de trabalho das equipes de pesquisa, uma vez que é comum nas estações de trabalho a página do projeto ser a página de abertura dos navegadores, caso esses acessos fossem computados como validos, teríamos um resultado equivocado do número de visitas ao site;

b) Visitas diárias. A fonte desses dados é o software Nedstat (http://www.nedstat.net/), programa espanhol que disponibiliza uma página na rede, em que uma vez instalado na página principal do site o link para o programa não só a equipe, mas todos os usuários podem visualizar as tabelas e gráficos disponibilizados pelo programa com informações detalhadas do número de acesso horário de maior pico de acessos, a origem dos acessos, etc.;

c) Registro de e-mail. Esses dados são obtidos através do botão existente na página principal “cadastre seu e-mail". Essa variável é como se fosse um termômetro, com o objetivo de medir a quantidade de pessoas que acessão a BV e que desejam receber informações periódicas sobre o tema;

d) Registros por categorias. O registro de uma BV é o seu elemento básico de informação, essa variável é um indicador de quantidade/tamanho de uma BV;

e) Links por registro. Essa variável está diretamente ligada à teoria do hipertexto, essa variável determina a capacidade de multiplicação de informações. Os links podem ser tanto internos, ou seja, dentro do próprio site, como externos, aqueles que levam os internautas para outros sites ligados aquele registro.

Ordenamento e Avaliação das Informações – a partir do sistema de dados das variáveis já descritas é desenvolvido um estudo estatístico com o objetivo de ordenar os dados através de quadros, tabelas e gráficos que possibilitem a avaliação dos mesmos.

Uma nova tendência começa a surgir no movimento de Bibliotecas Virtuais, no que diz respeito à participação mais efetiva no processo de desenvolvimento de uma BV. Trata-se de disponibilizar para o usuário das BVs formulários que os possibilitem realizar o cadastro de novos sites na BV, ficando cada vez menor o controle que a equipe da BV tem sobre o que é cadastrado ou excluído em uma Biblioteca Virtual.

Atualmente a participação dos usuários nas BVs se limita ao envio de mensagens ao livro de visitas com sugestões e algumas disponibilizam links específicos na página principal como: "sugira um site" ou quando do cadastro na mala direta o usuário recebe um email em que ele é convidado a enviar sugestões de sites para a Biblioteca.

Embora veja com bons olhos essa participação mais direta dos usuários nas BVs, acredito que devem existir restrições ao cadastramento feito por usuários, para que as BVs não sejam transformadas em um mero outdoor, para divulgar e promover pessoas, instituições, etc.

Como forma de avaliação por parte do próprio usuário, no que se refere à qualidade das informações registradas por eles e pela equipe da BV, logo abaixo do registro haveria uma indicação da autoria do registro, se usuário ou equipe BV.




BIBLIOGRAFIA

ARCHIORI, Patrícia Z. Ciberteca ou biblioteca virtual: uma perspectiva de gerenciamento de recursos de informação. Ciência da Informação, Brasília, v.26, n.2, p.115-124, maio/ago. 1997.

ASIS – American Society for Information Science. Thesaurus, 2nd Edition, 1998.
BIBLIOTECAS Virtuais. Notícias FAPESP. São Paulo, mar. 1999. Seção Notas, p.4.
CASTRO, Nivalde J., MAGALHÃES, Maria Alice E. Bibliotecas Virtuais: Portais para a Comunidade Científica. In: SBC'99. Rio de Janeiro, 19-23 jul. 1999.
CHAVES, Eduardo. Ensino à Distância: Conceitos Básicos. http://www.edutecnet.com.br/edconc.htm. capiturado em 14/10/2000.
ESTATÍSTICA DO PROSSIGA: Visitas aos Serviços. v.1, n.3, outubro-dezembro, 1999.
FERREIRA, José Rincon. A biblioteca digital. Revista USP - Informática/Internet, São Paulo, n.35, set/nov. 1997.
FERREIRA, Sueli Mara Soares Pinto. Biblioteca do futuro: sonho ou realidade? Ciência da Informação On-line, Brasília, v.26, n.2, 1997.
GOMES, Sandra Lúcia Rebel, CHASTINET, Yone S. Bibliotecas virtuais: avanços e desafios para cientistas e profissionais de informação. Jornal das Bibliotecas, Rio de Janeiro, v.4, n.6, p.5, jul/dez. 1997.
LEVACOV, Marília. Bibliotecas Virtuais (r)evolução? Ciência da Informação On-line, Brasília, v.26, n.2, 1997.
PRETTO, Nelson de Luca, SERRA, Cristiana. Bibliotecas Digitais e Internet: em busca da produção coletiva de conhecimento. Bahia Análise e Dados, V.9, n.1, 1999.
PROSSIGA/REI. Web Guide. Parte integrante da revista Guia da Internet.br . Rio de Janeiro, p.12, fev. 1997.
RELATÓRIO do Prossiga do ano de 1999. Brasília: CNPq, jan. 2000, p.10.
SOUZA, Clarice Muhlethaler. Aviso aos Navegantes ou onde fica a biblioteca? Transinformação, Campinas, v.9, n.2, maio/ago. 1997

UNESCO. Manifesto da Unesco sobre a biblioteca pública. In: FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS. Seção de Bibliotecas Públicas. Normas para bibliotecas públicas. São Paulo: Quirón; Brasília, DF : INL, 1976.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Associação Nacional de Tutores da Educação a Distância - ANATED

Inicialmente esta postagem nasceu de uma solicitação da Associação Nacional de Tutores da Educação a Distância – ANATED, pois havia recebido um email da referido associação solicitando que eu divulgasse no meu blog o I Seminário Nacional de Tutores da EAD. No entanto, resolvi ir mais longe com a postagem,uma vez que tenho informação de que muitos profissionais que atuam como tutores desconhecem a existência da associação nacional da categoria, se é que já podemos chamar de categoria.


Funda em 2009 com o objetivo de fortalecer ainda mais a educação a distância, elevando a qualidade da educação, através de um profissional qualificado para enfrentar os desafios que essa modalidade de ensino exige. Entre os diversos serviços e recursos disponibilizados pela ANATED para os tutores estão à publicação de textos no site da ANATED, realização de seminários e palestras com temas de interesse dos tutores, publicação de currículos, disponibilização de concursos e vagas para tutores em instituições de todo o país.

Talvez o mais importante na criação da ANATED não seja os serviços acima citados que a mesma oferece para os associados e tutores do Brasil, mas sim a discussão que a mesma levanta sobre a regulamentação da profissão de Tutor da EAD, as funções que o mesmo desempenha dentro das Instituições de Ensino Superior - IES. Muitas instituições estão contratando tutores como Técnicos Administrativos, no entanto exigem formação superior, em alguns cursos como o de Pedagogia o Tutor tem que ser licenciado em Pedagogia e ainda ter Pós-graduação na área, então como dizer que esse profissional é um técnico administrativo? Discuto um pouco essa questão em um trabalho apresentado recentemente por mim no curso de Especialização em Tecnologia e Novas Educações da Faculdade de Educação – FACED da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Por enquanto disponibilizei os slides da apresentação aqui no blog, pretendo transformar a monografia em artigo para poder publicar.

A imagem a seguir é do email onde a ANATED solicita a divulgação do envento no meu blog.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EAD marca mais um gol contra o preconceito

Atendendo a solicitação da Associação Nacional de Tutores do Ensino a Distância - ANATED, a justiça federal proibio na última segunda-feira, dia 1º de agosto de 2011, os comerciais do Conselho Federal de Serviço Social - CFESS que comparavam a Educação a Distãncia com um Fast-food. Para o juiz federal Haroldo Nader os comerciais estavam expondo os consumidores desta modalidade de educação ao ridículo. Toda a propaganda que estava sendo distribuida ou veículada na Internet deverá ser recolhida e sua veículação foi proibida.
Mesmo com a proibição e com multa de R$ 1.000,00 por dia de descumprimento da decisão do juiz, o Conselho Federal de Serviço Social continua divulgando em seu site a propaganda preconceituosa contra à Educação a Distância.
Leia a matéria na íntegra no site JURISCIÊNCIA.

domingo, 31 de julho de 2011

A importância do papel do tutor na Educação a Distância

Na última sexta-feira dia 29 de julho de 2011 fiz a apresentação da minha monografia como requisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização Tecnologias e Novas Educações da Faculdade de Educação - FACED da Universidade Federal da Bahia - UFBA. A banca foi formada pela minha orientadora a Professora Dra. Nícia Ricio e pela Professora MSc. Joseilda Sampaio de Souza.
A banca destacou a relevância do tema por mim abordado, principalmente na perspectiva que me propuz a investigar que foi a questão do tutor como professor-tutor, um profissional que acompanha os alunos, avalia, esclarece dúvidas, discute o conteúdo do curso, etc.
Diante da alegria de ter o atrabalho aprovado pela banca, resolvi dividir essa alegria com vocês. Estou disponibilizando os slides da minha apresentação para que vocês possam ter uma pequena amostra de como foi a pesquisa realizada.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Política, futebol e religião não se discute. Será?

Quem ainda não ouviu a frase que dá título a esse texto? Acredito que todas as pessoas um dia já ouviram alguém falando tal coisa, isso se você mesmo, leitor desse texto já não pronunciou essa frase em algum momento da sua vida. Muitas pessoas pensam que não se envolver com certos temas polêmicos da sociedade é se livrar de problemas, porém essas pessoas estão enganadas, não se envolver nesses temas significa entrar em muitos problemas que só depois irão descobrir que foram causados pela omissão da opinião pública.

Não existe ser (a)político. O ser humano por natureza é um ser social e para viver em sociedade é preciso fazer política. Sem perceber fazemos política a política da boa vizinhança para não ter problemas na rua em que moramos, os casais tem um política de convivência, pois sem ela os casamentos acabariam em tempo recorde. Até agora não falamos da política partidária, isso é outro nível de política.

O objetivo até aqui é demonstrar que estamos o tempo todo fazendo política, nos mais diferentes níveis e ambientes. Mas o que é mesmo política? Segundo Rocha (1996, p. 482) “Política é um ramo das ciências sociais que trata da organização e do governo dos estados”.

Isso significa que a ausência da política na sociedade causaria uma desordem social. Assim a ordem social é uma ordem política, toda e qualquer decisão que tomemos na sociedade é uma decisão política, mesmo que o indivíduo não tenha consciência disso. Não existe livre arbítrio agimos da maneira que a política vigente nos permite agir. Emile Durkhame afirma que a sociedade é coercitiva, ela força as pessoas a tomar decisões na vida, sem que a pessoa perceba que está fazendo isso por pressão social, oriunda da política vigente na sociedade em que se vive.

Durante as discussões na disciplina Políticas Públicas questionei-me sobre o título da disciplina. Por que se faz necessário discutir políticas públicas se a própria palavra política na sua origem já diz respeito a cidade, a sociedade ou seja ao público. A citação abaixo reforça a minha indagação sobre a necessidade de se criar dentro da política uma pasta chamada de políticas públicas.



O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana (OLIVIERE, 2011, p.1).



Com base na citação acima todo ato político é uma ação em prol do bem comum ao menos deveria. Então o que está acontecendo com os nossos representantes que eles não tem feito política e, se eles não fazem política o que será que eles estão fazendo em Brasília? A palavra que melhor define o que os nossos vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores estão fazendo é “Politicagem”. De acordo com Rocha (1996, p. 482), “politicagem é o desvirtuamento dos conceitos ou métodos da política em benefício pessoal ou de um grupo.”

Agora fica claro que os nossos políticos não estão representando o povo em Brasília, mas sim grupos econômicos, os quais muitos dos políticos fazem parte. Isso quando não estão legislando em benefício próprio, como por exemplo aumentar o próprio salário em mais de 100%. Precisamos discutir política para poder ter conhecimento do nosso papel e do papel dos nossos representantes, é preciso saber que quando não assumimos uma posição diante de um problema social, alguém decide por nós e, na maioria das vezes, essa decisão não é em beneficio da maioria da população, mas sim, em beneficio da minoria que financia as campanhas políticas.

Nossos políticos deveriam legislar em prol do povo e não dos seus interesses particulares ou em prol de grupos particulares. Rocha afirma que político é um adjetivo “relativo aos negócios públicos”. Uma das formas de combater isso é politizar o público, entendemos politizar nesse texto como “transmitir a uma classe social ou a alguém a consciência dos seus direitos e deveres políticos” (ROCHA, 1996, p. 482).

Um dos principais veículos de comunicação utilizados como um instrumento de alienação da população é a televisão, grandes grupos econômicos dominam a concessão para explorar os canais de televisão, esse grupos veiculam em suas emissoras de televisão as informações que querem e com isso fazem a população acreditar no que eles querem que o povo acredite, as imagens são editadas, os textos são produzidos com o objetivo de convencer a quem os ouvem e a programação é feita para empobrecer culturalmente a população.

A grande discussão do momento é a T.V. digital. Observa-se o uso incorreto do termo digital, o que é digital não é a televisão, mas sim a transmissão do som e da imagem de determinado canal de televisão. Vocês podem estar se perguntando onde é que a política entre nisso. A política é o ponto chave desse processo, uma vez que o Brasil teve que escolher entre três tipos de sistema de transmissão digital, nossos representantes públicos escolheram o modelo japonês, justo o sistema em a maior parte dos gastos para sua efetivação recai sobre o usuário final, que é claro somos nós. O modelo japonês aproveita toda tecnologia já investida pelas emissoras de televisão, cabendo ao usuário final se adequar ao novo sistema.

Quem será que fez a escolha do sistema japonês? Os nossos representantes públicos fizeram a escolha e é claro escolheram agradar aos interesses privados e não ao que define o termo político que é o interesse público. Os políticos dizem que a população foi consultada sobre o melhor modelo a ser adotado pelo Brasil. O pior é que ouve realmente uma consulta, o problema é que os donos dos veículos de comunicação não tinham interesse em divulgar tal questão. Será que as nossas universidades não são capazes de produzir um sistema brasileiro de transmissão digital de áudio e vídeo? Será que não seria mais vantajoso para o país ter desenvolver esse sistema com tecnologia nacional? Essas são questões que os nossos políticos precisam responder para a população.

A grande propaganda da chamada “TV digital” é a tão badalada interatividade, porém a decisão pelo modelo japonês jogou por terra essa possibilidade, pois ele privilegia apenas alta definição de som e imagem, mas deixa a desejar sobre a interatividade, justo ela que daria a possibilidade de comunicação em tempo real, uso de recursos da internet, flexibilidade de escolha de canais, possibilidade de produção de vídeos e disponibilização deste na programação. É claro que isso não é do interesse dos grupos que dominam a os canais de televisão, que fazem da televisão uma arma pronta para defender seus interesses contra tudo e contra todos.

Vamos permanecer sentados com o controle remoto na mão zapiando por canais que apresentam as mesmas besteiras que só aliem a população enquanto que o pouco que serviria para alguma coisa para a classe trabalhadora passa em um horário onde ninguém tem condições de assistir, como é o caso dos programas que fornecem formação de para estudantes do ensino fundamental e médio ou ainda os programas que apresentam as pesquisas produzidas pelas grandes universidades do país.

Termino aqui essa pega discussão com desejo de levar esse temática a fundo e gritar uma para os quanto cantos do país uma frase do “vamos nos politizar” para assim mudar a cara desse país.



REFERÊNCIAS



OLIVIERE, Antônio Carlos. O que é política. Disponível em: http://pt.shvoong.com/social-sciences/political-science/1636126-que-%C3%A9-pol%C3%ADtica/. Acesso em: 07 de maio de 2011.

ROCHA, Ruth. Minidicionário. São Paulo. Scipione. 1996.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Prêmio Internacional Educarede 2011

Em 2009 participei do Seminário Internacional promovido pela Educarede sobre Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Este ano escrevi um projeto que desenvolvo com meus alunos da Escola Municipal Francisca de Sande envolvendo as TIC. O prêmio Educarede é voltado para professores de todo o mundo que desenvolvem atividades com seus alunos envolvendo o uso de novas tecnologias. O projeto consiste em usar o blog como um espaço de produção de conhecimento, além de espaço de divulgação do conhecimento produzido na escola.
As inscrições para o Prémio Internacional Educarede 2011 estão abertas até o dia 9 de maio. Todos nós amantes da tecnologia e que desenvolvemos várias atividades, projetos e outras coisas com nossos alunos, devemos participar.
Essa é uma grande oportunidade de mostrarmos ao mundo o quanto produzimos com o uso das tecnologias.

terça-feira, 26 de abril de 2011

8º Prêmio Amigos do Mar

O Projeto Tamar em parceria com a Instituto Instituto Arcor Brasil está lançando o 8º Prêmio Amigos do Mar. O objetivo dessa iniciativa é desenvolver a consciência das crianças para a preservação da vida marinha. Além de publicar um guia sobre Educação Ambiental que servirá como uma ferramenta pedagógica para professor do Ensino Fundamental.
As escolas credenciadas para participar do projeto devem confirmar sua incrinção o mais rápido possível, pois a participação é limitada.
Feita a inscrição a escola receberá em 30 dias um kit para desenvolver o tema do prémio amigos do mar com os alunos.
Os alunos concorrerão a prêmios, basta produzirem desenhos explorando a temática de preservação da vida marinha e enviar para o projeto.
Vamos lá companheiros escrevam as suas escolas! Eu já fiz a inscrição da minha.